25 setembro 2006

A semana não pode trazer nada de bom…

- Cheguei de comboio e estive 15 minutos à espera de táxi;
-Meti-me no carro e começou a chover torrencialmente, tipo dilúvio, 40 Km / h;
- A dado momento do percurso não chovia, 1 km à frente entrei em zona de fantasmas, um nevoeiro de não se ver um palmo à frente;
- Entro em casa e tenho uma praga de formigas como comité de boas vindas, com o pormenor de nunca sequer ter visto uma única lá naquelas bandas;
-o patronato já leu os questionários...

Até tenho medo do que virá por aí…

22 setembro 2006

Diz-me quanto vales...


O meu regresso à Multinacional esta semana coincidiu com um momento de animação profissional: um belo inquérito interno.
Normalmente nas empresas fazem-se periodicamente inquéritos de satisfação interna aos trabalhadores. Aqui sempre nos orgulhámos de ser originais e em vez do inquérito de satisfação, temos o inquérito de satisfações em que basicamente, temos de dizer o que achamos da nossa performance e do que andamos a fazer.
Eu preferia um inquérito de satisfação, para exigir entre outras coisas, uma máquina daquelas fantásticas de folhados e empadas, uma máquina de sumos naturais, ar condicionado – ou pelo menos a porcaria do aquecimento ligado no Inverno- o regresso do papel Scottex ao WC- ninguém aguenta aquele papel dos fantasmas do Continente – sabonete líquido que cheire bem, toalhas de papel em vez daqueles turcos ranhosos que deixam pêlo na mão…E uma luta antiga: a devolução das pinturas da Rosa.
Quanto a esta história de auto- avaliação, sempre achei muito perversa já desde os tempos do liceu… Lembro-me que tinha vergonha de pedir de mais porque parecia presunção, mas caramba pá, eu merecia o 18! Ou então se pedisse de menos e fizesse o papel de coitadinha, parecia que se calhar não tinha trabalhado tanto como era suposto.
Em termos profissionais, passa-se a mesma coisa… Não posso dizer que sou fantástica, mas também não me posso pôr a relatar os meus defeitos e falhas, que obviamente existem, sob pena de ser “reprovada”. Portanto, meus amigos, isto é como diria o outro, “uma faca de dois legumes”.

20 setembro 2006

Isto assim não dá!

Todos os dias há milhares de pessoas que levam horas a chegar ao emprego por culpa do trânsito. Os motivos? Acidente, corte de faixa para obras, avaria de veículo, mau tempo, etc…
Pois bem, quem tem o privilégio como eu de morar a 10 minutos de carro do emprego sai sempre de casa alegre e animada, mesmo que atrasada, sabendo que num instante está no local de trabalho.
Tudo muito bem, não fosse eu morar na Twilight zone, ou seja, em Sintra onde há trânsito congestionado pelos motivos mais absurdos:
1- O mais comum: apanhar uma charrete a caminho da vila…Não só vamos a lesmar como levamos com aqueles vestígios castanhos que os cavalos deixam no percurso. Com a sorte que eu tenho, há dias em que apanho não uma, nem duas mas três ou quatro charretes de seguida. O maior drama foi mesmo num dia em que apanhei 6, resultado: levei 45 minutos a chegar à Multinacional.
2- “Xôres” agentes da autoridade a controlar o trânsito...Quando vejo tudo paradíssimo já sei: no fim da fila está um polícia armado em (des)orientador. Ou seja, em vez de termos 10 carros a andar a um ritmo mais ou menos normal, temos 40 ou 50 parados. Obrigadinha pela ajuda Guarda Serôdio.
3- O motivo de hoje e que me custou 20 minutos PARADA (!!!): gravações de televisão para uma novela…Já não é a primeira vez que isso acontece…Será que não há mais sítios para gravarem neste país?...E já agora, por que raio têm que gravar na hora em que os desgraçados como eu vão para o trabalho…

Ou a ficção portuguesa abranda e as charretes entram em vias de extinção, ou terei seriamente que ponderar mudar de casa!

19 setembro 2006

Pormenores de classe

Há coisas que sempre exerceram um fascínio em mim…Pela negativa! Tratam-se de pequenos pormenores que eu não posso ver, as reacções variam entre ficar especada a olhar e o rir compulsivamente ou uma combinação das duas.
Primeiro e pior : perucas!!!!! Não aguento, é tão rídiculo ver homens com aqueles capachinhos pretos como os corvos e com a espessura dum pneu , e depois ver em baixo a bailar ao vento umas farripazitas brancas. O auge do rídiculo é um certo empresário da terrinha que usa peruca e anda sempre de descapotável, "born to be wild"!!!
Segundo: Falta de dentes! Não estou a falar daquelas velhotas que só têm um dente teimosa e orgulhosamente à frente, estou mesmo a falar de malta nova a quem falta um dente, riem-se e aquilo não é bonito de se ver…Eu confesso, a mim também me falta um dente, mas é bem lá atrás, nem sequer vê a luz do dia.
Last but not least: Buço farfalhudo nas mulheres… Mais uma vez, não me estou a referir às velhinhas do Portugal profundo, que usam lenço na cabeça…Estou mesmo a falar de pessoas com quem me cruzo em ocasiões sociais, de trabalho, etc…Acho que perante tal “adereço” qualquer homem perde o “entusiasmo”.
Agora imaginem quando, no Sábado à noite, no tasco onde eu estava no Alentejo entrou um belo casal, ele de capachinho, sem um dente e a mulher com uma valente bigodaça… Correndo o risco de sofrer represálias, devo referir que, para além de tudo isso, ele tinha um fato de treino do Benfica!

18 setembro 2006

O terror ainda nem começou!

Passaram poucos dias sobre o aniversário do 11 de Setembro, mas o meu terror vem mesmo a caminho…Pior que gás Sarin, urânio enriquecido ou outra arma letal, vem aí um verdadeiro horror!
Vinha eu ontem descansadinha no IC 19, quando um outdoor chamou a minha atenção para um espectáculo musical que se vai realizar bem pertinho da minha casa daqui a alguns dias e reúne os 2 cantores portugueses que mais me enojam…Para quem me conhece esta é fácil, mas descrevo:
Ela: cara de choca, sapo e faz-me lembrar o ovo da Alice no Pais nas Maravilhas…Ok, eu sei que não tem nada a ver….Seja como for, cada vez que olho para ela, acho que tem ar de professora de português/latim e que acabou de comer batatas cozidas, com peixe cozido sem um fio de azeite e sem sal…Ou seja, intragável!
Ele: Um génio literário da poesia, da rima e que até já elogiei em posts anteriores, um “gigante” do cancioneiro português, cuja melhor tirada foi dizer “quando eu te vejo pela última vez e o trem arranca depois das 3…”
Para quem não tiver programa e se quiser auto flagelar, estão todos convidados para ver e ouvir João Pedro Pais e Mafalda Veiga dia 22 em Sintra, num concerto que aposto que é apoiado pela RFM, é só um palpite…

01 setembro 2006

Nem eu sei bem!

Eu adorava ter uma profissão normal para poder, de uma forma simples, responder à pergunta “o que é que fazes?”.
Confesso que normalmente essa pergunta é sempre antecedida de outra “trabalhas ou estudas”, o que é deveras lisonjeante, já que para quem está quase a cair no abismo dos 30 eu aparento ser uma jovem “piquena” na faculdade.
Quanto à pergunta relativamente ao que eu faço, contar a minha rotina também não será grande ideia….Seria qualquer coisa deste género:
“Bem, na semana passada estive a ver quartos de hotéis em Lisboa, depois no dia a seguir fui buscar umas chávenas a uma fábrica ranhosa metida algures entre a Buraca e a Amadora, no fim de semana carreguei caixotes e montei uma tenda no shopping…”
Podia ter uma profissão normal, tipo médica, enfermeira, advogada, funcionária pública…Aí toda a gente saberia o que eu faço, ou no último caso, o que eu não faço!
Lembro-me ser pequena e querer ser professora de inglês ou dona duma perfumaria, mas em algum ponto em apercebi que se fosse para português/inglês ou mesmo inglês/alemão só poderia ser uma tremenda choca e se optasse pela perfumaria eu própria arruinaria o stock do estabelecimento comercial.

Bora lá ao McDonald's comer um Happy Milk?

Há quem chame a isso distracção, eu gosto de lhe chamar “onde é que deixaste a tua nave espacial?” ou “de que pedra saíste tu?” para classificar casos típicos de alheamento da realidade, ou de uma forma mais simples, casos de pessoas muito básicas.
Os exemplos são vários e de uma gama alargada - temos desde a versão fast food até ao simples consumível de escritório - mas em comum têm sempre o facto de produzirem naqueles que ouvem tamanhos disparates, o seguinte comentário: “Como é que é possível???!”.
Versão escritório: monitor com 19 “pulgadas”, sim porque a unidade é a pulga!
Afirmação produzida relativamente a um scanner:”Isto também faz a cores?”
Versão Toys ‘r’ us (ou tóizaras)- Como é que se escreve Barbie?
Versão geográfica- “Como é que se escreve Seixal?”….Hmm, difícil esta,hein?
Versão fast food- “Queria um Happy Milk”
Versão telecomunicações- “Telemóvel G3”…Pois, com as radiações é mesmo mortal!

Estes são alguns brilharetes – entre muitos outros esquecidos por não terem sido devidamente registados- só possíveis numa verdadeira Multinacional!