30 maio 2007

Estalou o vidro...E o meu verniz também!


Eu até achava piada aos anúncios, até tinha os senhores em boa conta, mas hoje o copo entornou e a juntar à Celine Dion e o João Pedro Pais, decidi adicionar a Carglass.
A saga começou há quase 2 meses quando um estalinho no vidro do meu carro foi por aí fora qual foguete numa meia, qual linha de gráfico com altos e baixos. Peguei na minha apólice do seguro e liguei para a Carglass, supostamente aquilo era rápido, fácil e estava o problema resolvido. Começámos logo mal com um inquérito tipo PIDE de mais de meia hora ao telefone, em que só faltou dizerem-me que andei a apedrejar o meu próprio carro - algo perfeitamente normal de se fazer, mais ainda quando o carro tem pouco mais de 6 meses - depois foi a chamada a passar de mão em mão e ninguém a agarrava, depois a beleza de teimarem comigo que o modelo do meu carro não existia- nestes últimos meses ando a conduzir um carro fantasma- e depois para animar mais “ah e tal terá que se deslocar as nossas instalações…e demora pelo menos 2 horas”…Enfim o conceito de rápido , prático e fácil caiu por terra, rematado com um “ah, não existem vidros para a sua viatura”…É o que dá ser diferente!
Passado mais de uma semana ligam-me todos contentes a dizer que “chegou o vidro para o seu Peugeot 1007” e eu explodi em fúria “È 107, estive horas a explicar isso…Faça-me um favor, ponha a letras néon, post its, o que for, mas é 107!!!!!”.
Esperei um mês e finalmente esta semana ligam-me a perguntar se podia passar lá, pois com certeza que passo se o vidro for para o 107…E lá fui eu toda contente a achar que o problema se ia resolver…
Cheguei lá e a senhora da recepção –um misto de vamp com pirua- diz-me que sem carta verde não há substituição de vidro…Não sei como não lhe parti a boca toda, mas descompu-la até não poder mais, pode-se dizer mesmo que armei um barraco. Primeiro foi o interrogatório, depois o falso telefonema, a espera de semanas e ninguém me diz que a carta verde é obrigatória???????? Pior, não percebo então por que raio passei quase 1 hora ao telefone a dar todos os dados do seguro e do carro, num questionário onde só faltou mesmo dar o meu número de roupa interior e a data em que entrei para a escola primária…

22 maio 2007

A noiva que se segue


No Sábado iniciei oficialmente a tournée dos casamentos…Confesso que as minhas expectativas iam baixas, por ser praticamente a única solteirona da lista de convidados e não conhecer muita gente.
Contrariamente ao que esperava, todos os ingredientes serviram para tornar o dia num Sábado divertidíssimo, desde coisas deliciosas para comer –entre as quais um bolo de chocolate com morangos- uma data de amigos que não via há séculos, uma roadtrip para o casamento com soundtrack pimba, bailarico horas sem fio ao som de clássicos “aperta, aperta com ela…” ou “ajoelhou, vai ter que rezar…” e uma noiva com uma das famílias mais divertidas que conheço!
Claro que não bela sem senão, porque acabei por sofrer represálias, ganhando alguns kgs extra e o pé inchado de tanto dançar.
No entanto, embora a minha sessão de dancing queen tenha sido bastante boa, o momento alto foi mesmo quando eu apanhei o bouquet ao som duma claque entusiasta. Aliás, podia jurar que aquele bouquet estava telecomandado para cair nos meus braços. Escuso de dizer o que isso significa…
Portanto, depois do noivo avisado vou já ao shopping comprar a “Brides”, bisbilhotar o site da Penhalta, ver ementas e preços para catering …
Estão todos convidados, tragam é sapatos confortáveis, porque animação e bailarico não faltarão de certeza!

11 maio 2007

Bom fim de semana para todos

Hoje a Anita disse-me que eu estava com pinta de Carrie Bradshaw, com ar de quem, em vez de estar em S. Pedro de Sintra, estaria na verdade em Manhattan…Claro que gostei do comentário, gostei mesmo muito e nada melhor para um início de final de semana.
A verdade é que ultimamente ando a sentir-me muito vaporosa, assim tipo nuvem, muito a flutuar...E embora não esteja em NY, ando aqui pela serra de Sintra, com um sorriso de orelha a orelha e carinha de "girassol" com os meus kits glamorosos.
Junte-se ao meu elevado astral, este sol fantástico, um calorzinho bom, alguém que está para chegar e o fim-de-semana só pode ser bom…!

08 maio 2007

CP- Em linha com a moda

Normalmente as pessoas adoram cascar nos serviços e entidades públicas e eu não ia ser uma excepção, dado o ódio visceral com que eu estou à CP, mas não , nada disso, eu não guardo ressentimentos.
Nem me apetece pôr uma bomba na sede da CP nem nada, afinal eles só mudaram o único comboio que eu conseguia apanhar à 6ªF para as 18h30 da tarde, o que equivale a dizer que aniquilaram as minhas visitas ao fim de semana e podem ser responsáveis pelo desmoronamento da minha harmonia familiar. Não satisfeitos, no belo do comboio de regresso ao Domingo, toca de mudar a hora de saída para mais tarde – dá imenso jeito quando no dia seguinte temos o pior dia da semana- e acrescentaram-lhe umas 30 paragens. Dava para então dizerem que, como tal já não é Intercidades mas carreira? Ah, e já agora, na onda do intrujanço ao consumidor, podiam ser honestos nos horários? É que, se um comboio sai mais tarde do mesmo local e até ao destino tem mais 253 paragens, nunca pode chegar à mesma hora, certo?
Nada disso interessa e eu perdoo tudo, porque, a minha última incursão à Gare do Oriente alargou os meus horizontes, o meu sentido estético e vai-me poupar uns trocos, já que vou deixar de gastar 75 dólares por ano na assinatura da Vogue… Encontrei o kit fashion perfeição…Numa só pessoa: unha pintada de branco corrector, calça afunilada tipo Sinbad, sapato bicudo Tigresse, 9 anéis de ouro em 2 mãos, igual número ou superior de pulseiras, gabardine à Inspector Gadget e cabelo louro platinado e frisado tipo videoclip dos Whitesnake.
Apesar de nunca chegar a tempo de apanhar o comboio à 6ªF- a não ser que finja uma dor de barriga e me pire à hora de almoço- decidi que continuarei a rumar até Oriente para fins de observação sociológica, isto enquanto não me ocorrer uma ideia luminosa para mandar aquilo tudo pelos ares...Sem ressentimentos, claro!

03 maio 2007

Andarei por aí em tournée

Ontem regressei ao trabalho de férias, mini férias, não, mini folgas por serem resultado de fins de semana que trabalhei… Embora não tenha sido muito tempo, consegui desligar totalmente o botão e abstrair-me, deve ter sido da intensa actividade em que andei por este Portugal.
A ideia destas mini férias era, como é do conhecimento geral, ir esticar-me ao sol até mudar de cor e ficar absolutamente fantástica para brilhar em todo o meu esplendor neste mês da Noiva, em que eu só vou ver noivas e bouquets no roadshow de casamentos das Beiras a Trás os Montes.
Claro que os planos saíram furados porque alguma alma azeda me rogou uma praga e choveu tanto que comecei mesmo a ponderar construir uma arquinha de Noé para mim, a minha tartaruga Ágata e o meu cão por empréstimo, o Roger.
Uma vez que mantenho o meu ar “verde/amarelado”, tenho cada vez mais receio de ser ostracizada nos casórios, afinal eu sou aquela “sem mesa”, que poderá encaixar em qualquer local, por estar sozinha e até ter capacidade de fazer conversa facilmente…Feitas bem as contas, a minha presença vai ser mais rentável que a contratação dum entertainer.

02 maio 2007

Madame Leninha


Há uns anos atrás, nos tempos universitários, uma das minhas melhores amigas era visita assídua duma bruxa/cartomante/vidente/whatever…Por diversas vezes tentou convencer-me a acompanhá-la nesse roteiro alternativo e confesso que vencer a resistência foi difícil. O principal motivo: a ideia de contos de fadas associada às bruxas, ou seja, uma velha desgrenhada, com verruga cheia de pêlos e toda vestida de preto, rodeada de gatos pretos e morcegada.
Estes argumentos caíram por terra quando soube que a “bruxa” era sósia da Sharon Stone e tinha um nome perfeitamente carinhoso, leninha e não Patalógica, Min ou nada desse género.
De facto, há que admitir, ela era verdadeiramente bem parecida e, a juntar aos simbólicos mil paus que cobrava, fazia-nos sentir muito felizes com as suas respostas tranqulilizadoras e básicas- tendo em conta que éramos umas gajas aplicadas- “vai correr tudo bem” ou “não vão ter problemas nenhuns”, blá , blá…
O pior era no campo amoroso, a desgraçada não acertou uma e eu continuo à espera do Princípe Encantado/ Homem da minha vida que, segundo a dita, usaria óculos…
Cara Leninha, devo dizer-lhe que ou esse senhor ainda não chegou ou então eu - que até sou bastante míope- não me apercebi! Não faz mal, pode não usar óculos, mas acho que sei muito bem onde é que ele está…